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Viva Rúben, e não morra!



Ah, majestosa e infinita sabedoria de Deus!
 E quanta clareza pode vir de cada pedacinho das Escrituras para aqueles que tentam compreender  com o coração aberto .A  natureza amorosa do Pai das Luzes resplandece em cada passagem, e nos faz  entender o relacionamento de Deus com o seu povo.
ELE É O MESMO ONTEM, HOJE E O SERÁ ETERNAMENTE. Por isso, a Igreja de Cristo deveria prestar mais atenção naquilo que costumamos chamar de passado, como se o Israel do Velho Testamento não tivesse mais nada a ver conosco, o povo da Nova Aliança.
Acredito que o Senhor ainda nos vê como tribos.
  Somos o Israel de Deus, povo adquirido para ser Sua herança, pelo sangue de Jesus.  “Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a barreira de inimizade que estava no meio…”…”e pela cruz reconciliou ambos com Deus em um só corpo…” Ef.2;l4;16
Se assim é, cada tribo, cada ministério, congregação, ou parte do Corpo teria sua própria benção, compatível com sua própria medida de fé, e de obediência..
Olhemos para as igrejas que conhecemos hoje. Quantas podem ser comparadas com a tribo de José (abençoadas com o melhor do céu, o orvalho e com as águas das profundezas)? E quantas são como a tribo de Rúben, chamada para ser a mais excelente, mas que  não correspondeu as expectativas do Pai e por isso perdeu o melhor da herança?
Ainda assim, Deus não desejou extinguir esta tribo, mas a abençoou dizendo, através de Moisés “Viva Rúben, e  não morra, e que os seus homens sejam numerosos.” Deut. 33:6.

Transformar ou destruir – eis a questão.


Estamos vivendo um tempo de muita insatisfação com os rumos da igreja no Brasil. É um momento importante e que pode ser muito produtivo na medida em que buscamos retornar à pureza, à simplicidade do Evangelho de Cristo, às primeiras obras, o primeiro amor, ao poder que havia na igreja primitiva.
Mas também é um momento muito perigoso, na medida em que, ao buscarmos transformações substanciais, poderemos estar excedendo nas críticas, perdendo a essência e nos distanciando dos verdadeiros fundamentos.
É nisso que se encaixa a meditação que eu propus acima. Devemos tentar ver as coisas como Deus vê, pensar como Ele pensa, não segundo nossos próprios padrões. Pois “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu  próprio Senhor ele está em pé ou cai. E estará firme, pois poderoso é Deus para o firmar.” Rom. 14:4
Bob Moffitt, em seu livro “Se Jesus fosse o prefeito” faz uma confissão interessante. Conta ele que depois de passar anos indignado contra o que ele via de errado nas igrejas, estava desanimado. Então, num certo dia o Senhor lhe disse: “Você está vendo tantos defeitos e imperfeições na Minha Noiva que se tornou inútil para que eu possa usá-lo para transformá-la.” É precisamente com isso que devemos tomar cuidado.
Todos queremos uma igreja viva e atuante, cheia de poder. Mas “a noiva pertence ao noivo” e “O homem só pode receber o que lhe é dado do céu”, são as palavras de João Batista (João 3:29 e 27, respectivamente).
Toda e qualquer transformação na igreja de Cristo tem de vir do próprio Cristo. Se alguém tentar fazer isso sem Ele não terá frutos e ainda corre o risco de estar trabalhando para o espírito do Anticristo.
“Mas se tendes em vosso coração amarga inveja, e sentimento faccioso, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. (…) Mas a sabedoria que vem do alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.” Tiago 3: 14 e 17

Cristo – A pedra angular

Tenho lido e ouvido falar sobre novas propostas para transformação da igreja. A princípio, tudo parece muito animador. Saber que há cristãos inconformados com a falsa religião, o farisaísmo e o mercantilismo em nossas congregações é um sinal de que a apostasia, o esfriamento ainda não nos venceu. Ainda há vida na igreja!
Por outro lado, me preocupo com a possibilidade de que todo este anseio venha a ser dirigido muito mais pela crítica do que pelo verdadeiro amor.
Algumas das pessoas que têm encabeçado estes movimentos estão sim, muito feridas, abaladas na fé que colocaram nas estruturas e nas lideranças. Logo, tendem a renegar quase tudo o que não concordam, principalmente aquilo em que foram machucadas.
Só que o caminho é apertado, a porta é estreita mesmo. E viver a verdade do Evangelho não é fazer somente aquilo com o que concordamos. É sim, e o Senhor foi muito claro ao dizer isso, um “negar-se a si mesmo, tomar a Sua cruz e segui-lo” (Lucas 9:23).
Minha outra preocupação é constatar o quanto toda esta busca tem levado em conta muito mais a forma do que o conteúdo. É mais ou menos assim:
·         “Visto que os crentes têm frequentado os templos só para cumprir rituais religiosos, então, acabamos com os templos. E o problema estará resolvido.”
·      “Visto que os dízimos tem sido usados para enriquecer líderes e pastores e não para financiar a expansão do Reino, acabamos com os dízimos. E o problema estará resolvido.”
·  “Visto que os líderes estão corrompidos, alguns são opressores e outros são simplesmente humanos, é fácil – não teremos mais líderes.” E vai por aí afora.
Francamente, não é o que eu chamo de uma “revolução” madura, nem tampouco espiritual.
Uma verdadeira volta ao princípio, aos tempos da Igreja primitiva, pressupõe pessoas verdadeiramente convertidas, esvaziadas de si próprias, totalmente submissas à vontade de Deus, cheias do Espírito Santo. Gente provada e aprovada como discípulos de Jesus, de quem se possa dizer que não vive mais para si, mas que Cristo vive através deles.
Gente assim não precisa fazer propaganda, nem atacar ninguém, porque sua luz resplandece nas  trevas e atrai naturalmente as multidões.
Então, porque não estamos buscando isso? Porque não nos arrependemos de estar sempre questionando Deus e dando um jeitinho de fazer nossa própria vontade? Porque não colocamos, de uma vez, a Pedra Angular dentro do nosso coração, para edificar somente sobre ela e paramos de tentar imitar a forma com que se comportavam aqueles irmãos do primeiro século, sem ter de pagar o preço que eles pagaram?

“O reino de Deus não vem com aparência visível. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou Ei-lo ali! Porque o reino de Deus está dentro de vós.” Lucas. 17:20, 21

Assim sendo, deveríamos começar olhando para dentro de nós mesmos. Porque esse é o verdadeiro ponto de partida para qualquer transformação.
 Não é o ambiente das reuniões, ou a forma de culto que irá trazer o Reino de Deus até nós. Mas é o tipo de relacionamento que temos com Ele.
 Nossa adoração é sempre medida pelo nível de obediência. Até onde seriamos capazes de renunciar por causa Dele?
E quando nós o encontramos (o Reino), entendemos porque Ele é o Deus de todas as tribos, o Deus de Israel. Entendemos também o mistério das 7 estrelas e dos 7 candelabros, revelados a João em Apocalipse 1.
Nossa visão então se abre para enxergar Aquele que é puro Amor e misericórdia.
Aquele que nunca deixou de cuidar do seu povo, sempre criando caminhos para redimi-los, através dos tempos, das épocas e apesar de qualquer circunstância.

Ora, vem Senhor Jesus!!!

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