Se estes se calarem, as próprias pedras clamarão
A paz, irmãos.
A igreja brasileira tem crescido numa proporção tão maravilhosa que recentemente eu ouvi que, se mantermos o ritmo de crescimento, em dez anos metade do Brasil será composta de evangélicos.
Por outro lado, infelizmente temos testemunhado muitos escândalos, em que líderes de igrejas dão maus exemplos e aparecem de modo negativo na imprensa, sob acusações que jamais deviam pesar sobre um cristão. Certamente que em algumas vezes se trata de perseguição – mas nem sempre. Isso não é o pior, o pior está dentro da igreja. Em I Coríntios 5, Paulo censura a igreja de Corinto por suportar um horrível pecado. E nós, quantos do mesmo tipo temos tolerado? Quantos de outros tipos?
Acreditamos no potencial que a igreja brasileira tem, como parte da Igreja como um todo, a Igreja de Cristo, que subirá no fim. Parece até palpável que com os verdadeiros servos que existem aqui e os muitos bens que temos a disposição (o Brasil cresceu em riquezas nos últimos anos), nosso país está em boas condições de contribuir para um avanço determinante do Evangelho no mundo. Mas para isso a igreja precisa acordar, precisa parar de pedir bênçãos atrás de bênçãos; cada membro precisa parar de olhar para si, para seus problemas. Quando nos lembrarmos que “Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo” (I João 2:10), e colocarmos isso em prática, estaremos prontos para receber o avivamento que Deus pretende mandar sobre a nossa igreja, no qual cremos.
“Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar” (II Coríntios 3:12), porque Deus sempre manda alguém para exortar o povo ao arrependimento, Deus sempre manda um João Batista para preparar o caminho do Senhor. A nossa intenção não é acusar, porque acusador é o Diabo, mas sim chamar atenção para aquilo que, em nossa caminhada (de mais de quinze anos no caso da minha mãe, e mais de treze no meu) temos conhecido da vontade perfeita de Deus. O que vai escrito aqui deve ser observado e avaliado à luz da Bíblia, como devemos fazer com tudo que nos chega aos ouvidos dizendo vir de Deus. E o que dissermos só deve ser aceito depois de confirmado por Deus. Se é Ele que nos guia, certamente confirmará.
Quanto a nós, somos servas de Deus. Pertencemos sim a uma denominação, mas pertencemos antes à Igreja como um todo, e é na qualidade de cristãs que aqui escreveremos. Queremos ver a Igreja de pé e lutando contra as obras do maligno.
“Vinde e ouvi todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que Ele tem feito à minha alma” (Salmo 66:16)