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Amas-me?



“Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma, onde apascentas o teu rebanho, onde o recolhes ao meio-dia,  pois por qual razão seria eu como a que erra ao pé do rebanho dos teus companheiros?”             
Cantares de Salomão 1:7

Jesus nos amou primeiro… Ele deu-nos uma prova de amor, e pediu uma também, sim, quando disse a Pedro aquela palavra que pode ser estendida a todos nós “Amas-me? (…) Apascenta as minhas ovelhas.” (João 21:17). Porque há muita, muita gente solta no mundo precisando de quem lhes ensine como viver, como ser salvo, como agradar ao Senhor. Mas não devemos fazer isso de qualquer jeito, sob pena de afastar mais as pessoas de Deus, como infelizmente temos visto acontecer com tanta frequência, por causa de “ministros segundo a carne”.
O modelo de pastor que a Igreja de Cristo deve seguir é o próprio Jesus, e não outros pastores (humanos, porque “teus companheiros”). Quando Paulo diz aos Coríntios que sejam seus imitadores no modo de se comportar, logo acrescenta “como também eu, de Cristo” (1 Cor. 11:1). Para que suas ovelhas pudessem copiá-lo, esse apóstolo copiava Jesus – não Pedro, não João, não Tiago…
Na mesma palavra de Cantares, no versículo seguinte, Jesus responde à Igreja: “Se tu não o sabes, oh mais formosa entre as mulheres, sai-te pelas pisadas das ovelhas… (1:8a)”, dando a orientação que daria quando veio ao mundo, nas parábolas do bom pastor e da ovelha perdida (João 10:1-21; Lucas 15:1-7): vá atrás das ovelhas (que se perderem). Lute por elas, como fez Davi (1 Samuel 17:34,35); dê sua vida (porque cada um de nós é a Igreja) pelos seus amigos, como Jesus fez. Porque acima de tudo a Igreja deve amar Jesus, guardando seus mandamentos, e isso de dar sua vida pelos irmãos é mandamento (1 João 3:16).
É preciso observar também que Este “dar sua vida” não significa somente morrer. Há gente que acredita ser capaz de morrer pelos que ama, e talvez seja mesmo. Mas as pessoas às vezes não compreendem que “dar sua vida” significa também gastar sua vida, seu tempo, com coisas que não nos agradam em absoluto (homem exterior), mas são necessárias ou agradáveis para nossos irmãos; perder sua vida por amor do evangelho (Mateus 10:39) significa não só morrer fisicamente, mas deixar de fazer o que queremos, “aproveitar a vida”, para fazer o que Deus quer.
Quem está disposto a sofrer – aparentes – prejuízos por causa do Evangelho?

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