A unidade do Corpo
“Crede no Senhor e estareis seguros; crede nos
seus profetas e prosperareis.”
II Crônicas 20:20
Quando
o Senhor determina, no mundo espiritual, o nascimento de uma nova igreja, pode-se
supor que Ele já pensou em tudo – escolheu os líderes, o povo e a forma de
conduzir esse povo. Assim como um pastor costuma agregar as ovelhas com
necessidades semelhantes, distribuindo-as em apriscos diferentes para melhor
organizar o rebanho, o Espírito Santo também faz essa obra no meio de seu povo.
Por isso há variedade de denominações, mas o Senhor é o mesmo.
“Sabei que o Senhor é Deus. Foi Ele, e não nós,
que nos fez povo Seu e ovelhas de Seu pasto.” Salmo 100:3
Em sua
sabedoria, Deus é quem nos escolhe para crescer ali, sermos tratados, abençoar
e sermos abençoados. Os líderes, aqui chamados de profetas, devem receber do
Senhor estratégias para conduzir o povo. Uma vez que eles sejam realmente
submissos às ordens do Grande Pastor, toda a ovelha que para ali for conduzida
prosperará desde que creia.
Hoje,
isso parece não estar muito claro no entendimento de muitos. Há igrejas que
rejeitam ovelhas; líderes que imitam estratégias dadas a outro ministério;
ovelhas que vivem mudando de igreja. Quem atenta para as revelações deixadas na
própria Palavra de Deus?
Em
Deuteronômio 12:4,14, Deus já falava que o único lugar de culto é escolhido por
Ele. “...mas buscareis o lugar que o Senhor vosso Deus escolher entre todas as
vossas tribos, para ali pôr o seu nome e sua habitação.” Então Ele deve ser
consultado a esse respeito, parece lógico.
Jesus
também demonstrou essa “organização espiritual” antes de alimentar a multidão
no milagre de multiplicação. Marcos 6:39-40: “Ordenou que fizessem assentar a
todos, em grupos, sobre a relva verde. Assentaram-se repartidos de cem em cem,
e de cinquenta em cinquenta.”
“E foi assim, para que agora, pela Igreja, a
multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nas
regiões celestes...”
Efésios 3:10
Cada
membro do Corpo tem a sua função (I Coríntios 12:12,31), nenhum é dispensável.
E o Espírito Santo é quem deve dirigir a escolha, preparação, constituição e
desempenho de seus ministros.
Ele é
dono da casa, o Senhor, o único que pode eleger seus servos. Logo, a base
ministerial, a ocupação de qualquer função dentro da Igreja deve passar antes
por uma busca séria e profunda da direção de Deus. Jesus fez isso, quando
escolheu os doze (Lucas 6:12,13). E seu exemplo foi seguido pelos apóstolos
(Atos 1:23 a 26, Atos 13:2 a 4).
Aceitar
a escolha de Deus sem discutir já é um bom começo. Porque o Senhor não vê como
o homem vê como o homem vê (I Samuel 16:7). Ele olha para o coração.
O
Senhor da seara é quem envia obreiros para sua seara. E quando todos se deixam
dirigir por Ele, andarão no mesmo Espírito e terão a mesma visão de obra. Logo,
é natural que passem uma segurança ao povo, que não terá dificuldade em crer em
seus profetas. E prosperará.
A
igreja deve buscar sua base doutrinária, seu chamado ministerial; ter uma linha
de condução definida para poder crescer. Sem isso, existe a possibilidade de
infiltração de falsas doutrinas – especialidade do inimigo para destruir
congregações que ainda não se solidificaram.
“Ninguém de maneira nenhuma vos engane, porque
não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do
pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levante contra tudo o que se
chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará como Deus, no templo de
Deus, querendo parecer Deus.”
II Tessalonicenses 2:3,4
Se não
sabemos quem somos e ainda temos dúvida sobre o que acreditamos, fica bem mais
fácil de sermos confundidos. Por isso é preciso ter uma identidade própria,
fortemente firmada na Palavra de Deus e no testemunho de Jesus. Cingir os
lombos com a verdade é a única defesa contra as astutas ciladas do diabo.
“...para que não sejamos mais meninos,
inconstantes, levados por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que
com astúcia induzem ao erro.”
Efésios 4:14
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