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Candelabro - parte II


Santificação

“Não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal.
Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”
João 17:15,17

Jesus orou assim – estabelecendo uma diferença entre os discípulos e as outras pessoas. Nós estamos no mundo, mas não pertencemos mais a ele. Fomos separados para outro tipo de vida; para viver aqui na terra a verdade de Deus. Sabemos que “o mundo inteiro jaz no maligno”, como poderíamos não contrariá-lo?
Fomos chamados para fazer diferença mesmo, como o “sal da terra” e a “luz do mundo” (Mateus 5:13,16).
A liberdade em Cristo e a liberdade de dizer não a tudo aquilo que é escuro, que é mau, que é sujo. É a coragem de não se corromper, não se contaminar e saber que Ele está conosco para nos honrar e nos defender nessa atitude. Mesmo que no momento tenhamos alguns prejuízos aparentes, isso será revertido em benção e exaltação mais tarde. Ver os exemplos de José, Daniel e Mordecai, no livro de Ester.

“Sede santos, porque eu sou santo.”
1 Pedro 1:13, 16

“Não ameis o mundo e nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pau não está nele.”
1 João 2:15

“...por que qualquer que se disser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
Tiago 4:4

“Segui a paz com todos e a santificação; sem a santificação ninguém verá o Senhor.”
Hebreus 12:14

Como Deus poderá encher de poder vasos contaminados pelas obras da carne ou influências malignas? Não se põe vinho novo em odres velhos, porque estragariam o vinho.
O Espírito Santo poderá fluir e mover-se com mais liberdade na vida daquele que “se separa” para servir a Deus.

“Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne quanto do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no poder de Deus.”
II Coríntios 7:1

A purificação começa quando permitimos a renovação do nosso entendimento, questionando aquilo que está dentro de nós e ao nosso redor, para começar a ver tudo segundo os valores de Deus. É preciso dar abertura para que os nossos próprios valores sejam quebrados e a verdade de Dele possa prevalecer.
Essa obra de “limpeza” é encargo do Espírito Santo e Ele vai trabalhar quebrando a nossa velha natureza, que é carnal, para que nasça o homem espiritual. Podemos ajudá-lo assim:

  • Submetendo-nos aos processos de quebrantamento (fornalhas, peneiras), que normalmente são situações da vida ou de conflito interior para o aperfeiçoamento.
  • Reconhecendo nossos erros com humildade e pedindo ajuda para mudar.
  • Aceitando sem revolta a disciplina e correção de Deus (Provérbios 1:23, 12:1, 3:11-12).
  • Buscando sempre a vontade de Deus para cada atitude ou decisão de vida. Ter uma vida no altar do Senhor, para ser conduzido; renunciando e abdicando muitas vezes nossos desejos.

Como a igreja pode ajudar?

  • Aperfeiçoando seus grupos de aconselhamento;
  • Adotando uma postura vigilante em relação a seus ministros, que são exemplos para o povo (Deuteronômio 7 – Israel, um povo separado).
  • Buscando em Deus estratégias para a purificação do Corpo como um todo e para resolver problemas individuais de pecado;
  • Investindo muito em trabalhos de cura e libertação;
  • Fortalecendo a fé daqueles que estão passando por lutas para aperfeiçoamento;
  • E, principalmente, ensinando o povo a discernir o que é santo e o que é profano. Porque o povo de Deus não pode mais andar como andavam os gentios ou fazer coisas que eles fazem.

É preciso explicar o que está por trás de cada comportamento mundano e suas consequências espirituais.
Alguns exemplos são:

  1. A guarda da língua (que determina fatos no mundo espiritual);
  2. Frequentar lugares onde proliferam as obras da carne e a presença de demônios (que enfraquecem e contaminam): casas noturnas, discotecas, festas suspeitas, bares;
  3. Assentar-se na roda dos escarnecedores ou manter conversas torpes (perigo de blasfêmia);
  4. Participar de eventos profanos como Carnaval, quermesse, festa de ídolos, e até comer coisas consagradas (legalidade para demônios) – I Coríntios 10:21,22;
  5. Submeter-se às influências da mídia, sem questionar os valores ou carga maligna que trazem certos programas de TV, filmes, músicas e personagens;
  6. Há certos tipos de crente que ainda leem horóscopo, fazem simpatias, mantêm em casa e leem livros de outras religiões, objetos malditos como relíquias ou imagem de escultura;
  7. Há também os que não veem “nada de mais” em subornar um guarda, mentir para os clientes, lesar o patrão, explorar empregados, burlar a fiscalização, “essas coisas que todo mundo faz”.

Sede Santos!!!!

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