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Candelabro - parte VI


Os dízimos a serviço do Senhor

“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”.
 1 Coríntios 9:14


Toda a Igreja de Jesus na terra deve estar preparada para obedecer a essa ordem que nos foi deixada de maneira clara e é repetida com insistência ao longo das escrituras.
Em II Timóteo 2:4,6 está escrito que “nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”. E também que “o lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar de seus frutos”.
A Igreja que não se preocupa em manter as necessidades materiais de seus líderes e obreiros (sacerdotes e levitas) é como se aceitasse dividi-los com o mundo e não receberá o melhor ensino, o melhor louvor, a esperada dedicação ao ministério e ao menos pode exigir que eles sejam assim tão espirituais, uma vez que estarão ocupados demais para oferecer o melhor de si. Se é preciso lutar pela sobrevivência como qualquer cidadão, esse homem sempre terá compromissos demais para estar buscando a Deus na hora em que for necessário, sua comunhão estará prejudicada, sua vida de oração também e ninguém poderá acusá-lo de fazer a obra negligentemente. Quem perde é o povo.

“Esperastes o muito e eis que veio a ser pouco... Por quê? Diz o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa que está deserta, enquanto que cada um de vós se ocupa com sua própria casa.”
Ageu 1:9

Aqui, Deus repreendia o povo e os líderes por se importarem mais consigo próprios, com seus interesses pessoais de que com os Dele, Deus. O resultado disso é a pobreza espiritual e material para todo o povo.
As ovelhas são menos culpadas. Uma vez que elas recebam a instrução certa sobre dízimos e ofertas e são esclarecidas até mesmo sobre as necessidades da obra, o próprio Espírito Santo estará movendo para que haja essa entrega. Há evidências disso na própria palavra de Deus. Nota-se que cada vez que o povo é convocado e vê a seriedade de seus líderes, ele se alegra em ofertar (1 Crônicas 29:9 e 16, 2 Crônicas 31:4,5 e 10, Êxodo 35:20,29).
E como consequência dessa atitude, o povo sempre era abençoado com abundância de tudo.
Quem divulga a Palavra e ministra no Templo (sacerdotes e levitas), esses devem receber seu sustento do povo, pois são eles que fornecem o “mantimento” espiritual que todos vão buscar na casa de Deus.

“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento em minha casa...”
Malaquias 3:10

Estaria o Senhor se referindo às contas de aluguel, luz, telefone e outras comodidades práticas? Não seria antes aos seus servos, que foram ali colocados para alimentar o povo? É de bois que Deus tem cuidado? (1 Coríntios 9:9)

“Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as materiais?”
1 Coríntios 9:11

Essa consciência deve estar principalmente na liderança da igreja, entendendo e aceitando profundamente os motivos de Deus para que as coisas assim funcionem. Submetendo-se aos desafios de fé que são colocados na área financeira (crendo na provisão de Deus) para realmente praticar a palavra; então Deus honrará e povo corresponderá.
Note-se que todas as vezes que o templo do Senhor teve que ser reconstruído, essa sempre foi uma das primeiras providências (Neemias 13:10,12).

“Além disso ordenou ao povo, aos moradores de Jerusalém, que dessem a parte dos sacerdotes e levitas, para que pudessem dedicar-se à lei do Senhor.”
2 Crônicas 31:4

Se queremos uma Igreja forte, precisamos de líderes fortes, totalmente separados para serviço a Deus e que não ponham sua confiança ou desejo nas coisas desse mundo. Aquele que tem prazer em servir ao Senhor, será reconhecido e honrado por Ele (Mateus 9:29).

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