Com sua morte, Cristo nos comprou da escravidão do pecado (João 8:34-36). Isto é, o pecado não tem mais poder para nos controlar (Romanos 6:14) e basta queremos para pará-lo e expulsá-lo (isso nos tira uma bela desculpa, não?)
Nós morremos e fomos sepultados com Cristo para a vida desse mundo, e ressuscitamos com Ele (2 Colossenses 2:12) para uma nova vida como filhos de Deus (Romanos 8:14, 1 João 3:1), cidadãos do Reino dos Céus, espíritos vivos.
Nossos espíritos mortos ressuscitaram em Cristo (Colossenses 3:1, 2 Coríntios 4:16), prontos para tomar o controle de nossas vidas, como havia sido desde o Éden. Mas a carne não está a fim de render-se e entregar o controle do ser que até agora estivera pronto a cumprir todas as suas vontades (Mateus 26:41, Romanos 7).
Então é preciso domar e crucificar a carne (Gálatas 5:24, Colossenses 3:5). Veja bem que isso não é feito na nossa força, mas com a graça de Deus concedida pelo Espírito Santo (Zacarias 4:6, Romanos 8). A Palavra diz que já estamos mortos para o pecado (Romanos 6:11) e nossa vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3:3). Devemos viver a vida de Cristo, não a nossa (Gálatas 2:20, Romanos 6:4).
Jesus falou que devíamos tomar a cada dia a nossa cruz, negando-se a nós mesmos, e segui-lo (Lucas 9:23). Negar as nossas próprias afeições, talentos e idiossincrasias e adotar, ou melhor, deixar que Ele as substitua com as dEle. Não precisamos ter medo de fazer isso, pois tudo que já de bom em nós há também nEle em qualidade e quantidade muito maior. Por exemplo, o amor por nossos familiares; ao substituirmos o natural pelo de Cristo, suprimimos a mancha de orgulho e egoísmo que contaminava o natural, e restamos com um amor sincero e sacrificial. A mesma coisa sobre nossos talentos: se eles foram criados em nós e concedidos por Deus (Tiago 1:17), não será melhor se a fonte de todos os talentos agir através de nós? Logicamente que relutamos e nos dói aceitar isso, pois aí não teremos do que se gloriar (Romanos 3:27).
Além disso, a Palavra diz que toda a criação geme como com dores de parto esperando a manifestação dos filhos de Deus (Romanos 8:22) – e isso quer dizer nós. Para que possamos nos manifestar, precisamos ser luz, para que nos vejam em contraste com as trevas; e precisamos ser sal, para dar sabor ao mundo insosso (Mateus 5:13-16). Somente sendo cristãos podemos fazer tal coisa, e isso quer dizer cristãos no pleno sentido da palavra, “pequenos Cristos andando por aí”, como diz o Keith Green. Lógico, porque o Filho de Deus que o mundo precisa é Jesus (João 9:5), e nós somos apenas o Corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27). Maior será nossa utilidade (e a diferença que faremos no mundo) quando menos houver de nós em nós mesmos, e mais d’Ele (2 Coríntios 4:7;10).
Comentários
Postar um comentário