Batismo ou novo
nascimento?
“Quem
crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.”
Marcos
16:16
Em sua
última ordenança na terra, Jesus instruiu que os discípulos pregassem o
Evangelho e batizassem aqueles que cressem. Ele próprio assim o fez, para dar
exemplo (Mateus 3:11).
Sendo
um ato espiritual (assim como confessar com a boca a fé no Senhor Jesus), o
Batismo nas águas é também uma obra do Espírito Santo, que convence o novo
cristão a “selar” sua decisão. Por isso não se pode admitir que haja qualquer
impedimento para que se execute.
Como
poderia ficar incompleta a obra de salvação em uma vida por causa de costumes
doutrinários ou outro tipo de impedimento colocado por homens?
Sabemos
que o Batismo nas águas representa o arrependimento, ou “enterro” simbólico da
velha natureza. Mas ele também é o cumprimento da justiça.
Mateus
3:11 e Marcos 1:4 mostram este primeiro aspecto. Depois de aceitarmos Jesus
como Senhor das nossas vidas devemos estar dispostos a nos despojar do homem
carnal para sermos revestidos do homem espiritual. É como se estivéssemos
concordando com Deus de que é necessário matar a natureza pecaminosa para que
haja um novo nascimento e o nosso espírito possa ser livre.
Mas é
bastante claro que só por entrar nas águas ninguém “nasce de novo”. Isto é
apenas um começo. O marco para a nova vida. Como o ato de casamento por si só
não representa garantia de unidade, amor, fidelidade e felicidade eterna do
casal. Ali eles começam a caminhar juntos, a construir algo.
Por
isso, não faz sentido medir o quanto alguém está “pronto” para batizar.
Primeiro porque só Deus conhece os corações. E se fossemos calcular o nível de
arrependimento, certamente julgaríamos pela aparência.
“...que agora, por uma verdadeira figura – o
batismo – vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia da carne, mas a
indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de
Jesus Cristo.”
1 Pedro 3:21
Há
ainda um segundo e mais importante aspecto – o cumprimento da justiça. Em
Mateus 3:15 vemos que o próprio Jesus entrou nas águas e foi batizado para
demonstrar este compromisso. E Ele falou disso ao Nicodemos em João 3:5 –
“Aquele que não nasce da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.
Por aí
se vê o quanto é sério colocar tropeços diante dos irmãos que queiram se
batizar.
Os
apóstolos tinham essa consciência bem firme dentro de si. Felipe encontrou essa
situação com o eunuco (Atos 8:36,37), Pedro, na casa de Cornélio (Atos
10:47,48) e Paulo com o carcereiro e sua família (Atos 16:33). Todos foram
batizados imediatamente após confessar sua fé em Jesus Cristo.
É até
louvável que haja uma disposição da Igreja em estar tirando eventuais dúvidas
sobre o Batismo. Mas isso, de forma alguma, deve ser uma condição estabelecida
para batizar ou não.
Escolas
de batismo, cursinho preparatório ou qualquer coisa do gênero são absolutamente
limitativos, pois constrangem o novo convertido. E se tiver caráter
obrigatório, está contra a palavra de Deus.
“Mas temo... sejam corrompidos os vossos
entendimentos e se apartem da simplicidade que há em Cristo.”
2 Coríntios 11:3
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