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Candelabro - parte VIII


Batismo ou novo nascimento?


“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.”
Marcos 16:16

Em sua última ordenança na terra, Jesus instruiu que os discípulos pregassem o Evangelho e batizassem aqueles que cressem. Ele próprio assim o fez, para dar exemplo (Mateus 3:11).
Sendo um ato espiritual (assim como confessar com a boca a fé no Senhor Jesus), o Batismo nas águas é também uma obra do Espírito Santo, que convence o novo cristão a “selar” sua decisão. Por isso não se pode admitir que haja qualquer impedimento para que se execute.
Como poderia ficar incompleta a obra de salvação em uma vida por causa de costumes doutrinários ou outro tipo de impedimento colocado por homens?
Sabemos que o Batismo nas águas representa o arrependimento, ou “enterro” simbólico da velha natureza. Mas ele também é o cumprimento da justiça.
Mateus 3:11 e Marcos 1:4 mostram este primeiro aspecto. Depois de aceitarmos Jesus como Senhor das nossas vidas devemos estar dispostos a nos despojar do homem carnal para sermos revestidos do homem espiritual. É como se estivéssemos concordando com Deus de que é necessário matar a natureza pecaminosa para que haja um novo nascimento e o nosso espírito possa ser livre.
Mas é bastante claro que só por entrar nas águas ninguém “nasce de novo”. Isto é apenas um começo. O marco para a nova vida. Como o ato de casamento por si só não representa garantia de unidade, amor, fidelidade e felicidade eterna do casal. Ali eles começam a caminhar juntos, a construir algo.
Por isso, não faz sentido medir o quanto alguém está “pronto” para batizar. Primeiro porque só Deus conhece os corações. E se fossemos calcular o nível de arrependimento, certamente julgaríamos pela aparência.

“...que agora, por uma verdadeira figura – o batismo – vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo.”
1 Pedro 3:21

Há ainda um segundo e mais importante aspecto – o cumprimento da justiça. Em Mateus 3:15 vemos que o próprio Jesus entrou nas águas e foi batizado para demonstrar este compromisso. E Ele falou disso ao Nicodemos em João 3:5 – “Aquele que não nasce da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.
Por aí se vê o quanto é sério colocar tropeços diante dos irmãos que queiram se batizar.
Os apóstolos tinham essa consciência bem firme dentro de si. Felipe encontrou essa situação com o eunuco (Atos 8:36,37), Pedro, na casa de Cornélio (Atos 10:47,48) e Paulo com o carcereiro e sua família (Atos 16:33). Todos foram batizados imediatamente após confessar sua fé em Jesus Cristo.
É até louvável que haja uma disposição da Igreja em estar tirando eventuais dúvidas sobre o Batismo. Mas isso, de forma alguma, deve ser uma condição estabelecida para batizar ou não.
Escolas de batismo, cursinho preparatório ou qualquer coisa do gênero são absolutamente limitativos, pois constrangem o novo convertido. E se tiver caráter obrigatório, está contra a palavra de Deus.

“Mas temo... sejam corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade que há em Cristo.”
2 Coríntios 11:3

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