É muito triste ver, nos dias de hoje, o nome de Deus ser arrastado na lama por pessoas que ostentam o nome de cristãos e cometem iniquidades tais piores que as cometidas pelos ímpios. Recentemente vieram notícias de que um pastor violentava seu próprio enteado, um “missionário” usava o serviço para abusar de crianças em países pobres, também é conhecido o caso de outro pastor que abusava sexualmente de diversas mulheres da igreja, isso sem falar nos casos de fraudes e exploração financeira dos fieis, que são tantos que já se perdeu a conta. Só pra mencionar os fatos que vieram à luz, sem falar daquilo que ainda está oculto.
A vergonha que isso causa ao povo de Deus é enorme. Imagine-se então como o próprio Deus se sente sobre isso! É uma situação semelhante ao que ocorria em Israel, pouco antes de serem enviados ao cativeiro na Babilônia:
Dizer que “Deus é Santo” significa que o pecado não tem lugar na presença dEle. Quando estamos diante de Deus e contemplamos sua perfeição, imediatamente nos tornamos mais conscientes das nossas imperfeições, mesmo aquelas que, até então, justificávamos, dizendo que “não é tão ruim assim”. Foi o que aconteceu com Isaías, quando ele viu o Senhor no templo:
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.
Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.
Vamos observar a sequência dos acontecimentos. Isaías viu a glória de Deus; tomou consciência do seu próprio pecado, e da consequência desse pecado, e se afligiu por causa dele; Deus, em sua grande misericórdia, purificou Isaías; só então Deus o chamou para trabalhar para Ele, e Isaías aceitou.
Um dos motivos pelos quais tanta vergonha e aflição têm sido causadas a Deus e ao seu povo, por alguns líderes que cometem iniquidades vergonhosas, é o fato de que muitas vezes essa sequência não é obedecida, quando nomeiam alguém para alguma função na igreja. São inúmeras as vezes em que ninguém pergunta nada a Deus antes de ungir um pastor ou um líder de louvor; aquele cara que está sempre na igreja, que participa de todas as atividades, que parece um cristão tão dedicado... Os olhos dos líderes caem sobre ele, e parece um candidato tão promissor! Mas...
Só Deus sabe como está o coração daquela pessoa. A história da Igreja, e a do povo de Israel antes dela, e por assim dizer até a história da humanidade estão cheias de pessoas que pareciam boazinhas e bem comportadas, mas abrigavam monstros dentro de si, que se manifestaram em alguma hora.
É incrivelmente fácil ser enganados, quando não entregamos as escolhas a Deus. E, na verdade, isso vem da arrogância humana, em achar que consegue decidir sozinha certas coisas. A consequência de colocarmos pessoas inaptas em posições de responsabilidade e serviço é sempre a destruição. Da própria pessoa, daqueles sobre quem ela exerce influência e autoridade, daqueles que ela ensina, e, às vezes, do povo como um todo.
É preciso esclarecer mais uma coisa, antes de terminar esse apelo por cautela: o que estamos falando aqui não é que só se devem escolher pessoas com “currículo” para fazer a obra – formado em Teologia, doutor em divindade, de família cristã, membro da igreja há não sei quantos anos, etc.
Na verdade, o uso desses critérios é que tem conduzido a escolhas erradas. Os currículos humanos são totalmente descartáveis. A pessoa pode saber tudo o que há pra saber “sobre” Deus, saber a Bíblia de cor e salteado, e nunca ter tido um encontro com Deus. Pode não ter faltado a um culto ou atividade da igreja durante quinze anos, mas seu coração estar longe dos mandamentos do Senhor, ou abrigar um pecado secreto. Pode frequentar a igreja desde que nasceu, e nunca ter nascido do Espírito (João 3:5).
Somente quando a pessoa teve um encontro com Deus e reconheceu seu pecado e teve esse pecado purificado por Deus ela está em condições de servi-Lo.
Também não é uma questão de alguém que, aparentemente, é um exemplo de humildade, não fuma, não bebe, etc., aparentemente não peca. Ninguém tem que se tornar um eremita, pra só então servir a Deus. É uma questão de disposição do coração... O coração impuro gera constantes maldades; o coração entregue a Deus faz com que a pessoa se esforce em direção à santidade.
A santificação é um processo constante, e é provável que não termine antes do fim da nossa vida. Nós nos dispomos a entrar nele, e perseveramos nele, e Deus faz o trabalho mais difícil, a santificação em si. A questão não é o quanto a pessoa está adiantada nesse processo, mas se ela entrou nele para ficar, se está disposta a permanecer na luta, até atingir o objetivo que Jesus colocou para nós: sermos perfeitos como o Pai.
Surge, por fim, uma pergunta: como reconhecer, então, aqueles que estão aptos para o ministério, para o serviço? O método mais seguro é fazer como faziam os apóstolos na Igreja Primitiva: perguntar a Deus.
Foi o Espírito Santo, olhando os corações, que escolheu Matias, em detrimento de um homem que tinha por sobrenome “o Justo”, para substituir Judas, em Atos 1:15-26. Foi Ele quem mandou separarem Paulo e Barnabé para o ministério, em Atos 13:2. A escolha do Espírito Santo é sempre segura. Basta que nossos ouvidos estejam abertos para ouvi-Lo.
E por hoje é isso, que a graça de Deus fique com os irmãos. Amém.
A vergonha que isso causa ao povo de Deus é enorme. Imagine-se então como o próprio Deus se sente sobre isso! É uma situação semelhante ao que ocorria em Israel, pouco antes de serem enviados ao cativeiro na Babilônia:
Esta é Jerusalém; coloquei-a no meio das nações e das terras que estão ao redor dela.Deus é Santo, e seu nome devia ser sinônimo de bondade e santidade entre as nações, para que temessem a Deus e se convertessem dos seus maus caminhos, sendo salvos por Cristo e vivendo em novidade de vida. Acontece que, quando nos comportamos como as pessoas do mundo, ou ainda pior que elas, nossa mensagem é negada por nossos próprios atos, e fazemos com que as pessoas que nos assistem – e, principalmente, aquelas que são vítimas dos nossos atos – percam o respeito por Deus, ao atribuírem a Ele as nossas maldades.
Ela, porém, mudou em impiedade os meus juízos, mais do que as nações, e os meus estatutos mais do que as terras que estão ao redor dela; porque rejeitaram os meus juízos e os meus estatutos, e não andaram neles.
Portanto assim diz o Senhor DEUS: Porque multiplicastes mais do que as nações, que estão ao redor de vós, e não andastes nos meus estatutos, nem guardastes os meus juízos, nem ainda procedestes segundo os juízos das nações que estão ao redor de vós;
Por isso assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, sim eu, estou contra ti; e executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações.
Ezequiel 5:5-8
Dizer que “Deus é Santo” significa que o pecado não tem lugar na presença dEle. Quando estamos diante de Deus e contemplamos sua perfeição, imediatamente nos tornamos mais conscientes das nossas imperfeições, mesmo aquelas que, até então, justificávamos, dizendo que “não é tão ruim assim”. Foi o que aconteceu com Isaías, quando ele viu o Senhor no templo:
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.
Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
Isaías 6:1-8
Vamos observar a sequência dos acontecimentos. Isaías viu a glória de Deus; tomou consciência do seu próprio pecado, e da consequência desse pecado, e se afligiu por causa dele; Deus, em sua grande misericórdia, purificou Isaías; só então Deus o chamou para trabalhar para Ele, e Isaías aceitou.
Um dos motivos pelos quais tanta vergonha e aflição têm sido causadas a Deus e ao seu povo, por alguns líderes que cometem iniquidades vergonhosas, é o fato de que muitas vezes essa sequência não é obedecida, quando nomeiam alguém para alguma função na igreja. São inúmeras as vezes em que ninguém pergunta nada a Deus antes de ungir um pastor ou um líder de louvor; aquele cara que está sempre na igreja, que participa de todas as atividades, que parece um cristão tão dedicado... Os olhos dos líderes caem sobre ele, e parece um candidato tão promissor! Mas...
...o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
1 Samuel 16:7
Só Deus sabe como está o coração daquela pessoa. A história da Igreja, e a do povo de Israel antes dela, e por assim dizer até a história da humanidade estão cheias de pessoas que pareciam boazinhas e bem comportadas, mas abrigavam monstros dentro de si, que se manifestaram em alguma hora.
É incrivelmente fácil ser enganados, quando não entregamos as escolhas a Deus. E, na verdade, isso vem da arrogância humana, em achar que consegue decidir sozinha certas coisas. A consequência de colocarmos pessoas inaptas em posições de responsabilidade e serviço é sempre a destruição. Da própria pessoa, daqueles sobre quem ela exerce influência e autoridade, daqueles que ela ensina, e, às vezes, do povo como um todo.
Eles fizeram reis, mas não por mim; constituíram príncipes, mas eu não o soube; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos.
Oséias 8:4
É preciso esclarecer mais uma coisa, antes de terminar esse apelo por cautela: o que estamos falando aqui não é que só se devem escolher pessoas com “currículo” para fazer a obra – formado em Teologia, doutor em divindade, de família cristã, membro da igreja há não sei quantos anos, etc.
Na verdade, o uso desses critérios é que tem conduzido a escolhas erradas. Os currículos humanos são totalmente descartáveis. A pessoa pode saber tudo o que há pra saber “sobre” Deus, saber a Bíblia de cor e salteado, e nunca ter tido um encontro com Deus. Pode não ter faltado a um culto ou atividade da igreja durante quinze anos, mas seu coração estar longe dos mandamentos do Senhor, ou abrigar um pecado secreto. Pode frequentar a igreja desde que nasceu, e nunca ter nascido do Espírito (João 3:5).
Somente quando a pessoa teve um encontro com Deus e reconheceu seu pecado e teve esse pecado purificado por Deus ela está em condições de servi-Lo.
Também não é uma questão de alguém que, aparentemente, é um exemplo de humildade, não fuma, não bebe, etc., aparentemente não peca. Ninguém tem que se tornar um eremita, pra só então servir a Deus. É uma questão de disposição do coração... O coração impuro gera constantes maldades; o coração entregue a Deus faz com que a pessoa se esforce em direção à santidade.
Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
Provérbios 4:23
Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as fornicações, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.
Marcos 7:21-23
O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.
Lucas 6:45
A santificação é um processo constante, e é provável que não termine antes do fim da nossa vida. Nós nos dispomos a entrar nele, e perseveramos nele, e Deus faz o trabalho mais difícil, a santificação em si. A questão não é o quanto a pessoa está adiantada nesse processo, mas se ela entrou nele para ficar, se está disposta a permanecer na luta, até atingir o objetivo que Jesus colocou para nós: sermos perfeitos como o Pai.
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
Mateus 5:48
Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (...)
Hebreus 12:14
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus (...)
Mateus 5:8
Surge, por fim, uma pergunta: como reconhecer, então, aqueles que estão aptos para o ministério, para o serviço? O método mais seguro é fazer como faziam os apóstolos na Igreja Primitiva: perguntar a Deus.
Foi o Espírito Santo, olhando os corações, que escolheu Matias, em detrimento de um homem que tinha por sobrenome “o Justo”, para substituir Judas, em Atos 1:15-26. Foi Ele quem mandou separarem Paulo e Barnabé para o ministério, em Atos 13:2. A escolha do Espírito Santo é sempre segura. Basta que nossos ouvidos estejam abertos para ouvi-Lo.
E por hoje é isso, que a graça de Deus fique com os irmãos. Amém.
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