Efa injusto

Na tua bolsa não terás pesos diversos, um grande e um pequeno.

Na tua casa não terás dois tipos de efa, um grande e um pequeno.
Peso inteiro e justo terás; efa inteiro e justo terás; para que se prolonguem os teus dias na terra que te dará o Senhor teu Deus.
~ Deuteronômio 25:13-15

Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer.
~ Provérbios 11:1

Pesos diferentes são abomináveis ao Senhor, e balança enganosa não é boa.
~ Provérbios 20:23

É um mercador; tem nas mãos uma balança enganosa; ama a opressão.
~ Oséias 12:7

Ainda há na casa do ímpio tesouros da impiedade, e medida escassa, que é detestável?

Seria eu limpo com balanças falsas, e com uma bolsa de pesos enganosos?
~ Miquéias 6:10-11

Observação: "Efa" era uma medida de sólidos no tempo de Israel, tipo o nosso grama.

O que Deus odeia nas balanças enganosas? Primeiro, a simples falsidade, porque elas retratam uma coisa que não é verdade, um valor falso. Segundo, um repulsivo egoísmo enlaçado nessa fraude, porque quem usa balanças falsas está utilizando a mentira para se favorecer e à sua cobiça/avareza.

Há um terceiro aspecto em que essas balanças repugnam ao Senhor profundamente, porque elas são o ferir da lei do amor ao próximo. Deus abomina medidas injustas porque abomina que tratemos o outro com medida diferente do que usaríamos para nós mesmos. São a representação física de algo que acontece dentro de nós, e tanto reconhecemos, que temos uma expressão pra isso em nossa língua: dois pesos e duas medidas.

Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, SEM PARCIALIDADE, e sem hipocrisia.
~ Tiago 3:17

Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
~ Mateus 7:12

Estamos agindo com dois pesos e duas medidas quando minimizamos o sofrimento do outro nunca situação que, se ocorresse conosco, arrancaríamos os cabelos, seria o fim do mundo. Por exemplo, você não pode suportar a ideia de passar fome; mas se vê outra pessoa na mesma situação, fica pensando que no fim das contas ele é um fiasquento, ou ele mereceu, "quem mandou não aceitar tal ou tal emprego" (inclusive um emprego que você não aceitaria para si). Também quando condenamos outra pessoa por um comportamento que já tivemos, ainda que secretamente, ou até mesmo algum ente querido já teve, e a este não condenamos, justificamos no coração. (Mesmo que diante de Deus os três mereçam condenação: eu, o amigo e o estranho).

Com duas medidas agiram os fariseus quando quiseram apedrejar a mulher adúltera. Isso é uma das coisas que desagrada ao Senhor nos "fariseus modernos". Eles adotam para si medidas de grande valor e honra, e distorcem inclusive a lei para mentir para si mesmo que a estão cumprindo. A outros, todavia, destinam todas as condenações. Com duas medidas agimos nós toda vez que ficamos indignados porque Deus mostrou misericórdia a alguém que considerávamos não-merecedor. Afinal, nós também não merecíamos e Ele nos concedeu misericórdia.

Oremos para que Deus abra nossos olhos quando essas situações ocorrerem, quebre nossa segunda medida, e nos faça um como Ele é Um.

Amém!